
Dica procurada por Caroline :
Em primeiro lugar, lembremo-nos da regra ortográfica pela qual o fone [s] em posição medial e o [ž] (som de “j”) em posição inicial e medial grafam-se “ç” e “j”, respectivamente. É o caso de “açaí”, “jibóia” e “Seriji”. Lembremo-nos também de que o alfabeto brasileiro não contém as letras “k”, “w” e “y”, salvo se a próxima e prometida reforma ortográfica as restaurar. Por isso, não cabe grafar “kadiweu” ou “yanomami”. Nem o argumento de assim ter de se escrever porque assim se escreve nos idiomas originais procede, uma vez que as línguas faladas por essas etnias são ágrafas, isto é, tradicionalmente não têm escrita. Outro argumento, que não se sustenta, é o de que as grafias com aquelas letras vão facilitar a leitura em outros países. Tenham a paciência! Os autores de livros, revistas e jornais dessas plagas que assim façam, mas não nos submetamos servilmente a usos alienígenas.
Dica procurada por Jacqueline :
Nomes ameríndios, brasileiros ou não, africanos ou de outras procedências devem, portanto, flexionar-se no plural sempre que possível. Se pluralizamos “asteca” (pirâmides astecas, os astecas), “maia” (cidades maias, os maias), “inca” (caminhos incas, os incas, ainda que se questione o uso dessa palavra para denominar aquele povo), “iorubá” (deuses iorubás, os iorubás), “hindu” (templos hindus, os hindus), por que não fazer o mesmo com “guarani”, ”xavante”, “carajá”, “bororo”, “ianomâmi”, “macuxi”? Se por acaso o nome de alguma etnia indígena terminar com “s”, não há problema. Fica assim mesmo também no plural, como acontece com nomes portugueses, como “lápis”, por exemplo.
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